PREVALÊNCIA DE ESPONDILOARTRITE AXIAL E PERIFÉRICA EM PACIENTES COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL

Nome: Míriam Küster Huber
Tipo: Dissertação de mestrado profissional
Data de publicação: 13/05/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Maria Bernadete Renoldi de Oliveira Gavi Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Adalberta Lima Martins Examinador Externo
Ketty Lysie Libardi Lira Machado Examinador Interno
Maria Bernadete Renoldi de Oliveira Gavi Orientador

Resumo: Introdução: Sintomas musculoesqueléticos são as manifestações extraintestinais mais comuns em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII). Embora essas manifestações sejam frequentes, poucos estudos avaliaram a prevalência das manifestações musculoesqueléticas e sua correlação com os biomarcadores calprotectina plasmática e ultrassonografia articular e de ênteses. Objetivos: Determinar a prevalência de EpA axial e periférica em uma amostra de pacientes com DII. Os objetivos específicos foram: determinar a prevalência geral de qualquer manifestação articular; avaliar a frequência de alterações na US articular e de enteses nos pacientes com DII e manifestações articulares inflamatórias; avaliar correlação da calprotectina plasmática com VHS, PCR, calprotectina fecal e diagnóstico de EpA enteropática segundo critérios ASAS. Metodologia: Este é um estudo observacional de corte transversal. Pacientes do ambulatório de DII de um Hospital Universitário no Estado do Espírito Santo foram entrevistados à procura de manifestações articulares. Aqueles pacientes identificados com sinais e/ou sintomas do espectro das EpAs, como lombalgia inflamatória há mais de 3 meses e/ou artrite e/ou entesite e/ou dactilite e/ou uveíte foram selecionados para realização de exames complementares. As variáveis de interesse do estudo foram PCR, VHS, US articular e de enteses, calprotectina fecal e plasmática, enquanto HLA B27 e RM de sacroilíacas foram utilizadas apenas para fins de classificação de EpA segundo critérios ASAS. Todas as variáveis bioquímicas que avaliam inflamação foram colhidas num mesmo momento. A RM de sacroilíacas foi avaliada por um único radiologista experiente em imaginologia do sistema musculoesquelético e que não tinha acesso ao quadro clínico do paciente. A avaliação por ultrassonografia articular e de enteses foi realizada por dois reumatologistas experientes que fizeram avaliações independentes e às cegas. Nas análises realizadas considerou-se o valor-p menor que 0,05. Resultados: 30,5% da amostra estudada (N 118) de pacientes com DII apresentou pelo menos uma manifestação musculoesquelética de caráter inflamatório. A prevalência geral de EpA enteropática foi de 13,55%, sendo 10,16% de EpA axial e 4,23% de EpA periférica, segundo os critérios ASAS. US de articulações sintomáticas e de enteses identificou 42,1% dos pacientes com MASEI maior que 18, 35,2% de pacientes com sinovite e 14,7% com tenossinovite, aumentando a frequência de diagnóstico de EpA enteropática de 13,55% para
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22,8%. A calprotectina plasmática se correlacionou com a calprotectina fecal (p=0,041). Ainda, 58,3% dos pacientes que relataram alguma manifestação musculoesquelética nunca visitaram um reumatologista. Conclusões: Um terço dos pacientes com DII apresentaram alguma queixa musculoesquelética inflamatória e 13,5% preencheram critérios ASAS para EpA enteropática. US de articulações sintomáticas e de enteses aumentou a sensibilidade diagnóstica de EpA periférica. A calprotectina plasmática se correlacionou com a calprotectina fecal, mas não apresentou correlação com as provas inflamatórias ou com o diagnóstico de EpA enteropática.
Palavras-chave: doença inflamatória intestinal, espondiloartrite, ultrassom articular, calprotectina.

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