AVALIAÇÃO DO EFEITO DA TERAPIA ANTI-TUBERCULOSE SOBRE A SUB-POPULAÇÃO DE Mycobacterium tuberculosis DORMENTES, ANÁLISE DE SUA INFLUÊNCIA NA RESPOSTA IMUNE E AVALIAÇÃO REOLÓGICA DE ESARRO DE PACIENTES COM TUBERCULOSE PULMONAR

Resumo: Mycobacterium tuberculosis (MTB) é o principal agente etiológico da TB, uma doença que acomete com maior frequência os pulmões transmitida quando um indivíduo com TB ativa espirra, tosse, fala ou canta, exalando gotículas contendo MTB. Essas gotículas podem permanecer em suspensão no ar por horas até serem inaladas por uma pessoa suscetível. Dentro do período de duas a doze semanas, a resposta imunológica do novo hospedeiro pode prevenir a multiplicação e disseminação do MTB. Na grande maioria dos casos o patógeno é contido em um estado de infecção assintomática latente, com risco de evolução para doença ativa de aproximadamente 5% nos primeiros 18 meses após infecção e 5% no restante da vida. Dados da literatura atual revelam a participação das mais diversas citocinas e respostas celulares na indução e manutenção do estágio de latência da TB. Algumas citocinas estão tradicionalmente relacionadas com a ação anti-TB por suas características pró-inflamatórias, como o TNFα, INFγ, IL-17, IL-1 e IL-6 e TNFα. Conhecer as bases imunológicas e microbiológicas do estado de latência da TB é de suma importância pois micobactérias dormentes são mais resistentes aos antibióticos, e isso sugere que nesses microrganismos pode ocorrer uma inibição acentuada ou mesmo uma supressão total do seu metabolismo. Estudos recentes demonstraram que existe uma população significante de células bacterianas não-cultiváveis em amostras de escarro de pacientes. Esses bacilos não-cultiváveis (dormentes) são dependentes de um grupo específico de proteínas presentes em sobrenadante de cultura de MTB, chamado Rpf (do inglês ressucitation-promoting factor). Foi demonstrado que a população de MTB dependente de Rpf em escarro de pacientes nas fases iniciais de tratamento se torna mais proeminente a medida que a contagem de Unidades Formadoras de Colônias (UFC) de MTB independente de Rpf diminui. Dessa forma, a população de micobactérias dependentes de Rpf são eliminadas até 20 vezes mais lentamente do que a população metabolicamente ativa. Além disso, a análise reológica poderia ajudar a explicar porque alguns pacientes com alta carga bacilar não apresentam alta capacidade de transmissão para os seus contatos e ainda porque pacientes com baixa carga bacilar (paucibacilíferos) infectam com uma relativa frequência os seus contatos.

Data de início: 2016-03-01
Prazo (meses): 24

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Coordenador David Jamil Hadad
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